Quem fala comigo...? ...?
São tantos meios oraculares já saboreados.
Desde os 8-9 anos “leio” cartas, com essa idade ganhei um mini jogo de cartas simples, usadas em jogos como o pôquer...
Ninguém sentou e me disse “olha é assim e assim”, eu via minha mãe ler com suas cartas, uma leitura seria, longa, sem aquele aparato todo que se emprega “impressionável”, apenas ela, as cartas e a outra pessoa.
Eu me vi fazendo o mesmo, e lia coisinhas do universo de menina escolar, levei algumas vezes minhas cartas para a escola (escola de freiras franciscanas), de fato nunca fui comunicada em casa de que aquilo lá, de ler cartas ofendia a minha religião daquele então, a católica.
Lia nos intervalos, “los recreos”, para uma pequena platéia maravilhada.
Acho que ainda aqui no Brasil, eu vi esse “mazo” de cartas, hoje se perdeu o que lamento mesmo, pois quem sabe...
Na adolescência conheci a tabua Ouija, coisa que nunca foi encarada/apresentada como “brincadeira”, nunca.
Sempre foi um portal de comunicação entre eu, minha mãe, algumas outras pessoas e o outro lado.
Quando era realizada essa comunicação? Quando sentíamos, que alguém do lado de lá precisava dizer algo.
E é até hoje um sistema oracular por mim apreciado, levado muito a serio, digno e respeitável. Quiçá por tudo isso, jamais espírito brincalhão algum, nos visitou com objetivos escusos.
E sempre, sempre os fatos relatados se mostraram reais, aconteceram e se deram.
Antes de conhecer meu esposo na Faculdade de Economia, sentimos certa tarde uma necessidade muito forte de TER que acessar os mortos, eu senti, minha mãe, e nossa amiga Bette, creio que até minha irmã (que nunca foi amiga da Ouija) sentiu.
Então sentamos quase às 18 horas, e quando percebemos eram quase 10 PM; nessa tarde eu soube nome, endereço completo, dele... Soube quantos irmãos tinha, soube que pertencia a uma família muito possessiva... Assim como as demais pessoas ali sentadas, souberam coisas pertinentes a cada uma.
Quando ele entrou em minha vida, entrou sabendo que a tábua Ouija era parte do cotidiano da família. E assim passou a ser do dele também.
O Tarot aconteceu na minha idade de jovem adulta em 1990; uma amiga da família muito querida (a mesma Bette), o apresentou... E nunca mais me entendi sem ele perto de mim.
Engraçado que dentre os Oráculos que me cercaram de pequena a leitura das cinzas dos cigarros, não teve acolhida em mim.
Era outra sessão de leituras do devir, que eu presenciei milhares de vezes. Até hoje minha mãe vez por outra as repete. E devo dizer, tanto com as cartas, como com as cinzas, ela impressiona...
Surtos, (como assim os denomino) de “algo falando por mim” aconteceram algumas vezes, no entanto sempre os presságios advindos dessas falas, foram lúgubres, anunciando sempre acidentes quase fatais e mortes, que lamentavelmente aconteceram...
Hoje em dia eu sou por completo uma Taróloga. Os universos das Taromancia e da Tarologia me absorvem de uma forma sadia, leve, séria, profunda... Como pode ser leve e profunda? Pode ser.
Por que me deixa leve, me torna um ser melhor, me completa, me dá plenitude, e por tudo isso, afeta profundamente minha vida e a dos meus.
Sou fascinada por decks de Tarot. E alimento bem essa minha fascinação. Garimpo sobre, pesquiso, admiro, adquiro... E passo horas tarde da noite “acarinhando” essas crias/achadas.
Os decks com tema sobre o Feminino Sagrado me falam do autoconhecimento, me levam rumo a águas profundas que ecoam minha sensibilidade, meus medos, meus desejos, minha espiritualidade. O Motherpeace, os Oráculos das Deusas, O Goddess Guidance, O Tarot da Deusa Tríplice falam comigo. Serenamente, com vozes claras, nítidas e ágeis.
Eu privilegio decks que sejam vibrantes, em cores e temas. Não sou clássica. Sou mais feliz com decks que fogem do padrão.
Tal vez por isso o Housewives Tarot (introduzido em minha vida pela Pietra) seja meu xodó... Aquele que quase todos os dias, seja apenas para contemplar eu tenho que tocar.
O Napo Tarot fala de costumes do povo autóctone latino-americano hispano, é eu sou muito, muito ligada a essas raízes.
O “Tarot de las Hadas” do LoScarabeo foi um linda surpresa. O comprei para minha filha, e não saiu mais dos meus pertences.
E são tantos outros, que ao longo de mais ou menos 15 anos vieram morar comigo...
O Lenormand alemão, o Tarô da Tribo Cósmica... Estes são impossíveis de separar da imagem Luciana/Taróloga.
Então tudo isto fala comigo...
Lú
Engraçado que nunca é uma coisa só, reparou?
ResponderExcluirEu tenho o tarot, mas adoro o lance dos urubus no céu.
Quem se abre pra isso, não tem jeito... acaba vendo as coisas em mts lugares.
Acaba mesmo...
ResponderExcluirNunca é algo exclusivo...
Somos assim! =)
Essa é a parte boa. Mil e uma formas. Variações sobre o mesmo tema.
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