sábado, novembro 14, 2009

ORÁCULOS E PRECONCEITOS







Dentro do universo da magia é quase impossível excluir os oráculos dele, ainda que hoje muitos de nós - oraculistas - façamos uso de recursos de apóio como a psicologia, a antropologia, o simbolismo, as terapias holísticas -, é permeado por um manto de misticismo que lhe prove de magia...
Alguns o encaram como ciência outros como magia, como ato sagrado da manifestação de um dom divino e superior... Mas seja qual for à abordagem que o oraculista lhe dê a sua atividade, o mundo exterior nos encara com receio e curiosidade.
São séculos de pressão castradora contra as artes divinatórias pelo perigo que representam como meios de poder usar o livre arbítrio ao acessá-los e saber algo mais do que o futuro pode nos oferecer, daí o medo das crenças por geral patriarcais contra nossa prática e contra nós como seres que servimos de pontes para esse contato e saber.

Tristemente seja em áreas urbanas pequenas ou grandes somos vistos como indivíduos dos quais se deve desconfiar, pois carregamos além dessa castração secular de cunho religioso, o preconceito advindo das práticas ilícitas que alguns oraculistas fazem uso para captar clientes e retê-los...

Se além de oraculistas somos bruxos e pagãos aumenta a descrença e medo de conhecer-nos e ouvir-nos, pois podemos ser seres perigosos e maléficos!
Sem desmerecer outras vertentes que usam oráculos como meio de encontro com o divino ou como profissão, há de fato muitas pessoas que após um curso de fim de semana se consideram Tarólogos (no caso específico do Tarô) e outras que nunca estudaram ou leram sobre a Taromancia, mas que se denominam "cartomantes" e vendem sua leitura a preços populares, mas que oferecem após "essa" leitura, muitas vezes nefasta, "trabalhos" caríssimos e infindáveis...

 Os que somos brux@s, oraculistas sérios, mantemos uma luta diária contra esses estigmas socioculturais e de ignorância.
Mas entre tanto, podemos afirmar que pessoas que publicamente nos condenam ou alegam ser descrentes quanto aos oráculos, chegam às nossas mesas com a mesma ansiedade de outros.

E para aqueles que de fato dominam as artes divinatórias trabalhar com essa área é um prazer infinito, sem ele ficamos pela metade, partidos, como indivíduos que sabem que guardam dados, mas não podem empregá-los.

Os oráculos nos acompanham desde que o ser humano se viu como ser individuo, diferenciado do mundo animal que o cercava, quando começou a buscar sinais de aprovação ou negação nas manifestações da natureza e os entendia como comunicação direta das divindades as quais temia mais reverenciava.
Mesmo os mais radicais e ortodoxos mantêm dentro de si uma leitura pessoal sobre os augúrios que lhe esperam e sobre o que esperar do que ainda há de vivenciar.


A todos aqueles que comigo compartilham a sorte de ser oraculistas e se realizam como profissionais nessa área o desejo de que encontremos um dia a solução para esses preconceitos e que nossa caminhada seja próspera e longa!

Luciana Onofre

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