minha contribuição para a blogagem coletiva "O que o espelho reflete?"
Eu puxo a carta e ela me puxa. Não é ela que está ali de fato, ela é apenas o símbolo pra eu mesmo que me desvelo dentro dela.

Vemo-nos mutuamente, um ao outro. Escondendo e preservando a chama que se confunde à pequena e abismal cura que lhe é dominada e que o faz procurado.
E aqui, frente ao espelho, vejo esse hierofante tão desprovido de cerimônia e tão caro. Sua sacralidade não está nos adornos de um Papa, mas nos pelos e patas que o fazem, assim como eu, ter os pés na terra, e os braços onde o céu não pode fazer limite. O que lhe faz sagrado, assim como o que me faz humano é um arcano sui generis, um louco... uma jornada. Ele é o estágio em que me vejo refletido, o momento em que procurando por ele, ele chamou por mim no escuro de sua caverna. Ele é um encontro, firmamento.
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Sibile...